20.3 C
Rio Branco
sábado, 14 de junho de 2025
O RIO BRANCO
Política

Ministros consideram pacote anti-STF inconstitucional m3s5y

Atualizada em 10/10/2024 10:40 1t462m

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliam que o pacote de medidas que restringem os poderes da Corte e é inconstitucional e pode ser derrubado se eventualmente chegar à Corte. Os textos avançaram na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (9).A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou propostas e projetos que permitem ao Congresso sustar decisões do STF e que ampliam as hipóteses de crime de responsabilidade dos magistrados.

Os ministros afirmam, em conversas reservadas, que a Constituição exige que sugestões de reformulação das regras do Judiciário sejam apresentadas pelo próprio tribunal e enviadas ao Congresso. O vício de origem, como é chamado, impediria que mudanças nas atividades dos magistrados sejam propostas por deputados e senadores.

A leitura feita pelos ministros é a de que o avanço das propostas representa uma retaliação ao STF após a decisão que suspendeu a execução das emendas parlamentares por falta de transparência e de rastreabilidade.

A proposta considerada mais grave pelos ministros é a que permite a suspensão de decisões dos magistrados. A percepção é de que a iniciativa esbarra em uma cláusula pétrea – a da separação dos Poderes. Portanto, em caso de judicialização, possivelmente não aria pelo crivo da Corte.

Tanto o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, quanto o decano, ministro Gilmar Mendes, já afirmaram publicamente que a revisão de decisões da Corte não é compatível com a democracia.

Em novembro do ano ado, Barroso disse em um evento da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, que a proposta era “inaceitável” e remetia à “Constituição ditatorial de 1937”, da Era Vargas.

Gilmar também já afirmou que a PEC “não faz sentido, pois quebra a ideia da divisão dos Poderes”, e pediu “muitíssimo cuidado”. “Não a por qualquer crivo de um modelo de estado de direito constitucional”, afirmou.

Barroso tem defendido que o Congresso Nacional é a arena adequada para este tipo de discussão, mas que gostaria que o Poder Judiciário fosse consultado para contribuir com o debate.

Auxiliares do presidente dizem que o ministro se preocupa em “mexer em time que está ganhando” – uma referência ao papel que a Corte exerceu ao longo dos últimos anos na defesa da democracia.

A Comissão de Constituição e Justiça, que deu sinal verde ao avanço das propostas nesta quarta, avalia a constitucionalidade e a issibilidade das propostas, e não o mérito. Cabe ao colegiado somente dar aval ou não para o avanço dos textos na Câmara.

Depois de aprovada, as propostas precisam ser analisadas por uma comissão específica, que ainda deve ser criada e instalada. Se ar na Câmara sem mudanças na comissão especial e no plenário, o texto poderá ir à promulgação

 

[CNN]

Artigos Relacionados 291h2x

Eleições 2024: número de eleitos da área de saúde tem aumento 595f6y

Raimundo Souza

Zambelli enfrenta abandono e teme mulheres na prisão após década sob turbilhão 6x3g4v

Raimundo Souza

Assessoria de Bocalom divulga nota cancelando o “arrastão pé no chão” de hoje, 02, no Calafate 6121o

Raimundo Souza

PEC das Drogas: Câmara volta do recesso com comissão travada por falta de deputados 4c4h1k

Jamile Romano

Lula faz primeira viagem com nova ministra dos Direitos Humanos 45146n

Jamile Romano

Marcus Alexandre garante que não vai tolerar assédio na prefeitura 6q40h

Raimundo Souza